A origem e a história da família Gurlit são complexas e envolvem vários eventos históricos na Europa que afetaram a vida das pessoas durante o século XX. A família Gurlit era originalmente de Dresden, na Alemanha, e incluía vários artistas e colecionadores de arte. O patriarca da família, Hildebrand Gurlit, era um renomado marchand de arte que trabalhava em Berlim durante os anos 1930 e 1940. Durante a Segunda Guerra Mundial, Hildebrand Gurlit foi contratado pelo regime nazista para adquirir obras de arte para o museu de Hitler em Linz, na Áustria. Ele comprou obras de arte roubadas de coleções particulares e de museus, muitas delas pertencentes a judeus perseguidos pelo regime nazista. Após a guerra, Hildebrand Gurlit conseguiu ocultar sua coleção de arte saqueada em sua casa em Salzburgo, Áustria, e em um depósito em Munique, Alemanha. Sua coleção incluía obras de artistas como Picasso, Matisse e Chagall, entre outros. Hildebrand Gurlit morreu em 1956, e a coleção foi herdada por seu filho, Cornelius Gurlit. Cornelius manteve a coleção em segredo por décadas e continuou a adquirir obras de arte, muitas das quais também eram de procedência duvidosa. Em 2012, a coleção de Cornelius Gurlit foi descoberta pela polícia durante uma investigação de suspeita de evasão fiscal. Em 2014, as autoridades alemãs anunciaram que a coleção continha mais de https://1.400 obras de arte, muitas das quais eram consideradas perdidas ou roubadas durante a Segunda Guerra Mundial. A história da família Gurlit é significativa por causa de sua conexão com a pilhagem de arte pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e a difícil questão de restituir obras de arte roubadas a seus legítimos proprietários ou herdeiros.