A família Guelfes teve origem na cidade de Gênova, na Itália, no século XI. O nome "Guelf" derivou de um membro da família, Welf, que apoiou o papa contra o imperador germânico Henrique IV, durante as disputas de poder entre a Igreja e o Estado na época medieval. A família Guelfes se tornou conhecida por sua lealdade à Igreja Católica e aos papas, e muitos membros ocuparam cargos importantes no clero e em governos locais. Eles também foram ativos em conflitos políticos, lutando contra os gibelinos, uma facção que apoiava o poder imperial germânico sobre a Itália. A rivalidade entre os guelfos e gibelinos se espalhou por toda a Europa e durou por séculos. Na Inglaterra, por exemplo, os Guelfes apoiaram o rei Henrique III na luta contra os barões rebeldes, e posteriormente apoiaram o rei Eduardo I na guerra de independência do País de Gales. No início do século XIV, a família Guelfes se dividiu em duas facções, os Guelfes Brancos e os Guelfes Negros, que disputavam o poder na cidade de Florença. Esta divisão levou a uma guerra civil que durou vários anos e resultou na declaração de um governo republicano em Florença, em 1312. Na era moderna, a família Guelfes continuou a ter influência em vários países, incluindo a Inglaterra, onde o sobrenome tornou-se "Welf" e deu origem à Casa de Hanover, que governou o país de 1714 a 1901.