A origem e história da família Marrane são bastante complexas e controversas, e ainda há muitas lacunas e mistérios sobre as suas raízes e trajetória. O termo "Marrano" (do espanhol "marrano", que significa "porco") era utilizado na Espanha medieval para se referir aos judeus convertidos ao cristianismo forçados (conversos) que, no entanto, continuavam a praticar secretamente o judaísmo. Muitos marranos foram perseguidos e executados pela Inquisição espanhola entre os séculos XV e XVII. Algumas fontes históricas sugerem que a família Marrane teria surgido na Espanha nesse contexto, como uma linhagem de marranos que teriam emigrado para Portugal e, posteriormente, para o Brasil e outros países. Outras vertentes apontam que o nome foi adotado posteriormente como uma forma de homenagear ou se identificar com essa história de resistência e sobrevivência diante da opressão. De qualquer forma, a família Marrane é conhecida por sua presença em diversos continentes, incluindo América do Sul, Europa e África. No Brasil, por exemplo, há registros de Marranes desde o período colonial, e alguns de seus membros se destacaram em áreas como a política, a literatura e o comércio. Em termos genealógicos, existem várias árvores familiares e linhagens distintas que se identificam como Marrane, e muitos estudos ainda precisam ser feitos para se entender melhor a história e a diversidade dessa família.