A família Vibrio é composta por bactérias Gram-negativas em forma de bastonete, que são comumente encontradas em ambientes aquáticos. Essas bactérias foram descobertas pela primeira vez em 1854 pelo cientista alemão Ferdinand Cohn, que as chamou de "Vibrio rugula" por causa de sua forma curva. A partir da década de 1960, ficou claro que havia várias espécies diferentes de bactérias que se encaixavam na descrição de Vibrio, e elas foram agrupadas em uma família chamada Vibrionaceae. Desde então, muitas outras espécies de Vibrio foram descobertas e classificadas, incluindo algumas que são patogênicas para humanos. A maioria das espécies de Vibrio são inofensivas ou até benéficas para os seres humanos, e algumas são usadas na produção de alimentos (como a fermentação de peixes e crustáceos) ou como probióticos na aquicultura. No entanto, algumas espécies de Vibrio podem causar doenças graves em humanos, incluindo cólera, infecções de feridas e infecções alimentares. A história evolutiva da família Vibrio é complexa e ainda não está completamente compreendida. Pesquisas recentes sugerem que as bactérias Vibrio evoluíram a partir de ancestrais marinhos há cerca de 400 milhões de anos, em resposta às mudanças dos níveis de oxigênio na atmosfera e dos ambientes marinhos. A capacidade de metabolizar vários tipos de substratos orgânicos também é uma característica importante da família Vibrio.