A origem da família Mirandola remonta ao século XI, quando um grupo de nobres italianos se estabeleceu na cidade de Mirandola, na região da Emilia-Romagna, atualmente conhecida como Mirandola, na província de Modena. No século XIII, a família Mirandola se tornou uma das mais importantes da região, graças à sua influência política e econômica. Durante esse período, os membros da família desempenharam papéis de destaque em vários conflitos regionais e, em alguns casos, estiveram envolvidos em operações comerciais com outras cidades italianas e europeias. No século XV, um dos membros mais ilustres da família Mirandola, Giovanni Pico della Mirandola, ganhou destaque como filósofo e humanista. Ele ficou conhecido por sua defesa da filosofia platônica e aristotélica, bem como por sua tentativa de unificar todas as religiões do mundo. Sua obra mais famosa, “As Orações e os Pensamentos Mágicos” (originalmente intitulada “900 Teses”), causou grande controvérsia e foi condenada pela Igreja Católica. Apesar disso, a família Mirandola continuou a desfrutar de riqueza e influência política nos séculos seguintes. Eles construíram vários palácios em Mirandola e em outras cidades italianas, que ainda hoje são testemunhos de seu poder e riqueza. No entanto, a dinastia chegou ao fim em 1710, quando a cidade de Mirandola foi conquistada pelos franceses e o último governante da família, Francesco Maria II della Mirandola, morreu sem deixar herdeiros diretos.