A família Lacks é originária dos Estados Unidos e tem uma história marcada pela discriminação racial e pela exploração médica. Henrietta Lacks, matriarca da família, nasceu em 1920 em Roanoke, Virginia, e mudou-se para Baltimore, Maryland, com seu marido e filhos em busca de trabalho. Ela foi diagnosticada com câncer cervical em 1951 e faleceu no mesmo ano. Durante o tratamento de Henrietta, uma pequena amostra de seu tecido cervical foi retirada sem seu consentimento ou conhecimento. Essas células se revelaram únicas no sentido de que eram imortais e podiam ser cultivadas em laboratório indefinidamente. Essas células ficaram conhecidas como células HeLa (uma junção das iniciais do nome Henrietta Lacks) e se tornaram extremamente importantes na pesquisa médica, levando a descobertas em várias áreas, como vacinas, quimioterapia e clonagem. No entanto, a família de Henrietta não foi informada sobre a coleta ou uso de suas células. Ela foi explorada e teve sua privacidade violada, e sua família não viu nenhum benefício do uso de suas células. Além disso, a família sofreu discriminação racial em muitos aspectos de suas vidas, como acesso limitado à educação e assistência médica inadequada. A história da família Lacks foi contada no livro "The Immortal Life of Henrietta Lacks" de Rebecca Skloot, que ajudou a conscientizar o público sobre a exploração médica e os direitos de pacientes. Recentemente, a família Lacks trabalhou com instituições médicas para garantir uma maior proteção dos direitos dos pacientes e um maior respeito à privacidade e consentimento informado.