A família Marrano (também conhecida como Marranos ou Nuevos Cristianos) tem origem judaica-ibérica e remonta ao século XV. Naquela época, um grande número de judeus na Península Ibérica foi forçado a se converter ao cristianismo durante a Inquisição espanhola. Muitos optaram por continuar praticando a fé judaica secretamente, adotando práticas criptojudaicas. Esses indivíduos eram chamados de Marranos. A partir do século XVI, a Inquisição se intensificou, e muitos Marranos foram perseguidos e executados por não renunciarem à sua fé. Alguns foram capazes de fugir para outras partes da Europa e para as colônias espanholas no Novo Mundo. Ao longo dos séculos, muitos Marranos integraram-se completamente à sociedade cristã, adotando nomes cristãos e ocultando suas origens judaicas. No entanto, em muitos casos, as tradições judaicas foram mantidas em segredo por gerações, e alguns membros da família Marrano redescobriram suas raízes judaicas mais tarde na vida. Hoje, o nome Marrano é usado como um termo pejorativo em algumas comunidades judaicas para se referir a indivíduos que renunciam publicamente ao judaísmo ou adotam práticas religiosas inconsistentes sem renunciar formalmente a sua religião de origem.